sexta-feira, 25 de abril de 2014

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Eu te amo, por isso te perdoo. Só te peço que não batas mais a porta, não faças mais o que quer que tenha feito por meu mal. Queria te pedir perdão, porém não me permito, não por orgulho ou soberba, mas por amor próprio, por escolha de continuar sendo o que sou, quem sou, algo, alguém que é por poucos amado. Poucos esses que me dariam suas vidas em troco da minha, poucos esses os quais eu não trocaria por nada deste, nem nenhum universo.

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"À noite, o céu parece uma tela... Onde parece que todos os sentimentos foram pintados lá..."

quinta-feira, 24 de abril de 2014

"Desabafo"

Por que, prostituta imunda? Por que trocaste tudo o que eu tinha de mais valioso por uma ilusão que tu jamais conquistarás? Por que, ordinária peste? Por que abandonaste todos os sonhos que me fizeste sonhar após tanto tempo de criação de uma crença em algo, depois descoberto, inexistente? Por que, pobre desgraçada? Por que sujaste minha alma com teu lodo fétido o couro daquele que só fez te amar e te querer bem? Por que, porca miserável? Por que fingiste, esse tempo todo, amar alguém por quem nunca sentiu algo mais explícito que pena? Por que, ó enorme e bestial coisa escrota? Por que fizeste de mim um carrasco de teus medos, um reles plebeu de tuas vontades, um mero sacerdote de teus pecados e, depois de gozar tudo que havia em ti, jogar-me fora, numa vala de solidão e ódio? Por que?

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Peço perdão a todo aquele que ler isso, pelo tão baixo nível de linguajar. Eu precisava disto...

Essa vida...

A vida tem um gosto muito sarcástico por me fazer sofrer, depois me oferecer um petisco, permitir que eu o aprecie por um tempo, e então arrancá-lo de mim à força, sem me dar uma única chance de alcançá-lo e obtê-lo novamente. Então sinto dor e fúria ao mesmo tempo, continuamente, seguidas por um sentimento quase falso de felicidade que me permite conviver comigo mesmo e com os demais ao meu redor. Dizer que estou cansado de tudo isso já não vem ao caso, tão pouco resolveria meus problemas ficar apenas me lamentando, mesmo ciente disto, cá estou...

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Há um mal tempo, "a luz" não se mostrava para mim dessa maneira. Aquela sensação, já descrita em algum texto por aqui, de quem nunca esteve no lugar certo, sequer na hora certa, voltou... Eu queria estar longe, tão longe quanto possível, daqui, do chão em que piso, da pele que uso, da voz que me obriga a fazer tanta coisa que não desejo. Me faço querer afastar de tudo, até de certas coisas boas, por medo de que se mostrem falsas com o passar do tempo e acabem por me destruir de dentro pra fora. Eu só queria estar ao lado dela. Queria ela ao meu lado. Queria que ela não tivesse partido, e levado consigo um pedaço de mim...

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Um sentimento forçado porém verdadeiro. Sentido? Nenhum! Porque acredito? Não sei! Apenas sinto como algo espontâneo que sai de mim assim como o gás carbônico que exalo. Sua voz ainda soa em meus ouvidos, seu abraço ainda se sente aquecido por mim. Não me mande embora, não disfarce, sei que precisa da minha ajuda, sei que precisa de mim tanto quanto eu de você...

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Uma pétala de rosa, uma gota de orvalho. O frio da alma não rouba o calor dos braços entrelaçados nem o vigor de dois corações pulsando em ritmo igual...