quarta-feira, 24 de março de 2010

Parágrafo Avulso

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Hoje, mais solitário que nunca, estou também mais triste que nunca. Pensei que à fosse perder pra sempre. Foi susto de mais. Mal posso dormir, meu coração não deixa, minha mente me perturba, estou acabado. O que faço agora? O que faço sem mais ninguém? A coisa mais estranha do mundo ocorre agora, estou depressivo. Nem eu escapo disso. Não sei o que fazer. Não tenho a menor experiência nisso. Afinal, minha vida inteira foi uma enorme depressão, nunca pensei que pudesse piorar. Será que acabou mesmo? Ou será que esqueci algo, como sempre? Apenas não tive chance de falar, mais uma vez. Como sempre, e sempre, e pra toda a eternidade do sempre.

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sábado, 20 de março de 2010

Paixão - Parte 3

Sua tristeza me derruba, seu rosto assustado me deixa pensando que se eu estivesse ao seu lado, talvez, não ficasse assim, mas pudesse consolá-la. Isso é insuportável, sofro mais que ela. Seus olhos estão vermelhos, e eu queria poder fazer algo para que suas lágrimas não corressem mais. Então virou as costas pra mim, não vejo mais seus olhos, isso ofusca os meus. Ainda assim, seu jeito singelo me fascina.
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Às vezes sonho com ela, com seus olhos, mas quando acordo, quase consigo chorar. Um dia senti seu cheiro mais de perto, é doce como sua voz. Meu coração explodiu. Seus olhos não param mais de brilhar.
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Mas tenho quase certeza de que nada iria dar certo, afinal, numa ocasião onde poderia haver meio por cento de chance de alguma coisa dar errado, pelo simples fato de eu estar presente, essa chance aumenta para cento e meio por cento. Mas, como uma pessoa em especial diria, "a arte da loucura esta em nunca cometer a loucura de tentar ser um sujeito normal". E, por isso, não encontro outro lugar para me refugiar além da sombra da loucura. Tanto que minha sombra se torna clara.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Paixão - Parte 2

Os outros manipuladores são os pais, que só querem que seus filhos tenham tudo o que não puderam ter, mesmo não sendo isso que os filhos queiram.
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Às vezes penso no que teria acontecido se eu tivesse palavras certas para dizer à uma pessoa certa naqueles dias certos. Talvez eu tivesse mudado minha própria vida, talvez eu tivesse uma vida se minha mente me obedecesse e minha garganta falasse abertamente assim como meus olhos gostariam que fizesse.
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Eu à olho, observo, mas não à sinto, está muito longe, distante, mesmo assim tão perto quanto pode ou quanto minha mente doentia suporta e permite. Seus olhos brilham cada vez mais. São lindos, grandes e chamativos. Seu cabelo curtinho lhe da um ar de inocência, essa inocência que me fez apaixonar e não querer sonhar com nada além dela. Olhar misterioso, apaixonante, me torna fraco, me rende, me imobiliza em hipnotismo constante. Seu silêncio me diz muito, seu rosto é perfeito. Ouço sua voz e meu coração explode. Seu jeito quieto e inocente me cativa. Queria eu, um dia, poder chegar mais perto dela e lhe dizer que de seu cheiro necessito. Só queria que ela soubesse que eu jamais faria o que ela não quisesse. Seu sorriso brilha cada vez mais.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Revolta - Parte 1

Manipuladores, pessoas com auto supremacia, têm certeza de que, obrigando os outros a seguirem seus passos, tem em mente que todos devem e querem ter os mesmos interesses, mas não é nada disso. Pessoas que querem defender um propósito absurdo de fazer a cabeça dos pobres inocentes. São esses os professores, os chefes e, em muitas ocasiões, os pais.
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Os professores são como robôs, verdadeiros computadores com pernas, inúteis. São também fabricantes de outros robôs, nós, que vamos para a escola apenas para incrementar os chips dos nossos cérebros. Eles nos fazem ter os mesmos pensamentos, as mesmas ideias e ações. Vivem, comem e respiram a escola, a principal fábrica de robôs. Como se uma professora de química tivesse algum lixo útil para ensinar como, por exemplo, calcular a massa atômica da nossa vida. Mas eles ganham dinheiro para fazerem isso, o dinheiro os motiva a tudo, até à acabar com as ideias originais dos gloriosos alunos gladiadores.
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Se, ao menos, deixassem-nos expressar o que sentimos, o que queremos, o que realmente queremos para o nosso viver. Eles apenas acham que sabem tudo, sem saber que não sabem de nada. Esta é a concesionária da vida, com emplacamento e tudo.

Paixão - Parte 1

Ainda sinto seu cheiro, sei que ela permanece perto de mim, em algum lugar, em minha mente. Mas a fraqueza do meu ser não me deixa perceber o quanto à quero, desejo, preciso. Seus olhos ainda brilham.
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quarta-feira, 17 de março de 2010

Lembranças - Parte 2

Tenho dito o quanto tantas coisas me deixam ofuscadamente perplexo e nervoso. Mas nada me enerva mais, do que saber o quanto este mundo corrupto, com toda a sua negritude, acaba, na maioria das vezes, por corromper os inocentes, aqueles que não têm culpa do que vêem a sua volta, e, mesmo que tivessem, não saberiam, a inocência não os deixa ver a realidade. A corrupção é o mais pútrido canal de esgoto da humanidade. Queria eu poder mudar essa parte da história, poder, com minhas próprias mãos, traçar um rumo diferente para todos. Queria eu estar no lugar de Deus, afinal, ele sabe tudo, menos o que seus filhos passam neste lugar dado por ele que chamamos de Terra, ou lar.
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Agora fica-se a imaginar o porque, de um simples demônio estudante como eu, estar tão preocupado com a humanidade sem nem fazer realmente parte dela. A resposta é simples e, ao contrário daquela que se encontra no resto do mundo, que nunca satisfazem as mentes doentias dos questionadores, esta não é falsa ou enganadora. Cada um tem seus interesses, assim como nem todo demônio corre atrás do mesmo objetivo. Alguns, e por conhecimento próprio posso dizer, têm em mente apenas o propósito de acabar com todas as pessoas, isso porque até eles ficaram pasmos ao ver o que o humanos fizeram com a própria raça. Tantas mortes, tanta destruição, e tudo por dinheiro, objeto mesquinho e sujo como seu criador. Já eu não quero a mesma coisa. Eu também vi o que o homem fez consigo mesmo e resolvi tomar uma atitude única, tentar ajudar.
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Tentei ajudar,fiz o que pude e, para meu desgosto e grande decepção, todo o lixo e toda a carcaça da mente humana desabou sobre mim. Fiquei perdido. Mesmo de boa vontade, fui chutado e acabei me tornando um deles, pobres e burros humanos. Os homens se destroem, coisa que nem um demônio faria. Nem mesmos agimos contra nossa própria raça, apenas defendemos nossos interesses, cada um com o seu.

terça-feira, 16 de março de 2010

Lembranças - Parte 1

Como um velho amigo meu diria, a propósito, um dos poucos amigos que possuo fora da falsidade imunda desse mundo desgraçado, há poucos, muitos poucos amigos de verdade, com quem se possa contar quando necessário, que encubra nossos rastros para que os odiosos não nos encontrem.
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Encontrei algumas pessoas, durante a minha rélis vida, que, pode-se dizer assim, serão inesquecíveis. Pessoas que amei, pessoas que apenas gostei, pessoas que odiei e, por fim, pessoas que matei. Mortes que, às vezes, fizeram a passagem de alguns nesse mundo ter um rendimento melhor e que, outras vezes, não foram a melhor coisa a se fazer, porém, irremediável.
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Há uma pessoa, nesse mundo, com a qual eu poderia passar o resto da eternidade, mas não tenho crença alguma de que ela queira o mesmo, nem esperança de que ela me olhe assim como a olho. Seus olhos brilham, seu cabelo, e não faço idéia do porque escrevo isto. O brilho de seus olhos me entorpece.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A Carta - Parte 4

Há quem diga que esse tal Deus é bondoso, o pai bondoso. Tão bondoso que nos colocou no mundo para nos transformarmos nestes verdadeiros monstros que todos nós somos hoje. Se ele é o Deus do impossível, ele sabia, antes mesmo de criar o universo, que tudo isso iria acontecer se ele nos desse o livre-arbítrio e mesmo assim, ele nos deu.
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Já quase me matei correndo atrás de verdades que, possivelmente, desvendem os mistérios e os mitos de uma certa maldição chamada amor. Mas, como já dito anteriormente, o mundo é falso, e não encontrei nada além de respostas medíocres e sem sentido algum. Que diabo de doença é essa que afeta até um demônio. Parece impossível de entender mas é mais do que parece.
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Eu vejo alguém, me interesso, não tenho a menor coragem de ter a porca de uma iniciativa, e isso tudo por um motivo, o respeito. É difícil, por incrível que pareça, conseguir o amor de alguém sem antes perder ao menos um pouco do respeito que se tem por esse alguém.

domingo, 14 de março de 2010

A Carta - Parte 3

Minha mente se confunde, cada vez que penso em tudo ao mesmo tempo. Já tentei descobrir a verdade sobre a existência de um certo ser supremo chamado Deus. A conclusão é que nem ele sabe se isso existe. Haverá, realmente, alguém que passe todos os dias, vinte e quatro horas por dia, me observando e fazendo o dito do impossível para manter minha alma no rumo certo? Acho que não, ou essa carta jamais seria escrita.
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Um cara como eu, sem sentido de vida, me matar agora não faria a mínima diferença, apenas que o mundo se tornaria um pouco mais limpo. Formas diferentes de pensar acarretam circunstâncias diferentes.
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Há quem diga que milagres acontecem, mas eu queria poder ter provas de que esses milagres não são falsos. Os padres e pastores de igrejas, que se auto denominam escolhidos por Deus, também dizem que fazem milagres. Em filmagens ou até mesmo assistindo ao vivo e a cores, é uma coisa inacreditável. Mas eu queria poder ter provas de que aquelas pessoas todas não foram pagas para fazer algum tipo de teatro.

sábado, 13 de março de 2010

A Carta - Parte 2

Em todo lugar que passo, as pessoas, e não só as pessoas, me olham com desprezo, desprezo no olhar. O desprezo pesa, pesa tanto que seus olhos desprendem-se das faces desses seres agonizantes.
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Olho-me no espelho e vejo a face do mau. Não pelo que faço ou pelo que deixo de fazer, mas pela vida que levo, uma vida que não passa de um fardo incarregável para a maior parte da humanidade. Queria eu poder contar com alguém que realmente acreditasse de coração nas palavras fúteis que saem da minha garganta podre.
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Já vivi tempo demais nesse mundo escroto, gostaria de um tempo só para mim. Isso era o que eu pensava há algum tempo atrás, mas hoje me arrependo. Fiquei sozinho por tempo demais e agora, mesmo em conjunto, continuo me sentindo só. Não me relacionar com ninguém já virou rotina pra mim. Não sei saber quando alguém gosta de mim por estar comigo ou pelo o que tenho. Como meu velho diria: "Escolha com o coração e não a dedo os teus amigos", agora eu entendo o que ele quis dizer.

quinta-feira, 11 de março de 2010

A Carta - Parte 1

Meu amigo, me ajude, não sei mais o que fazer. Minha vida está um inferno, estou perdido no mundo, acabado, desolado. Esperança é uma palavra que eu não conheço. Às vezes, me sinto um cara sonhador, o problema é que só tenho pesadelos. Quem me dera, ao menos uma vez, poder sonhar com o futuro, de preferência, com um futuro bom, no qual eu possa sonhar ainda mais. Meus pesadelos me irritam, me assustam, me enojam, me confundem, me entristecem. Eu os odeio.
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Assim como desejo ter sonhos agradáveis, do mesmo jeito minha capacidade física não me deixa correr cinquenta metros sem cair morto. O cansaço me sufoca, me derruba no chão e me faz querer não existir. Ainda penso que alguém no universo poderia me dar respostas, alguém que pense como eu, que acredite no que acredito e falo.
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Mas, nesse mundo macabro e obscuro, onde os fracos de coração e os fortes de mente sombria sempre se dão bem, eu sou intitulado apenas de mentiroso e burro. Eu só queria que alguém me desse uma chance de falar o que sinto.