domingo, 30 de outubro de 2011

Ainda...

O destino nos separou novamente. Outra morte ilusória que me fez derreter em desespero e escravizar minha alma ao eterno suspiro gélido e apetitoso da luz branca que outrora guiava meus passos. Eu estive com você, mesmo na escuridão, até onde ninguém nos alcançava, até depois do além, até enquanto eu era você em mim. Mas nesta vida nada se criou por acaso, cada parede edificada com sucesso não passava de um lamento, um esboço amador de uma existência despedaçada. O inferno e suas consequências.

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Enquanto trinta relembravam, cento e cinquenta odiavam. Um grito mudo... Aquilo me deixou assustado, sem reação, eu não esperava por isso nem ao século passado. Eu sou tudo. Me amava. Eu sou qualquer coisa. Me desejava. Eu sou automático. O inferno me esperava. Eu sou o ontem. Sua vida era dedicada a mim. Eu sou todo dia. Você me queria agora. Eu serei... Tudo que você quiser que eu seja, ou nada... Apenas te amando.

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Mãe, estou indo para casa! Estou acabado, quero apenas deitar em minha cama e lembrar dos nossos momentos, todos eles. Eu quero tudo e quero agora, eu quero você, eu quero nós, eu quero restaurar a vida que perdi em mil dias. Quero trocar cada palavra escrita aqui por um pouco de noção, para que eu não me perca outra vez em seus sonhos, mas possa te ajudar a construí-los, vivê-los com você. Por favor, ouça-me! Quero ser seu filho, mãe...