terça-feira, 29 de junho de 2010

Quando não se tem nada a pensar...

Não quero que vejam meu desespero, é tão vergonhoso quanto perder uma batalha com a morte, inaceitável. Meu pulso aberto me diz que devo parar e não tentar mais, também não olhar pra trás, os meus erros toscos. Pensamentos sem vírgulas, isso é tosco.
\m/
Queimando por você eu percebo o quão tolo pude ser num momento tão decisivo, agora percebo que deveria ter deixado como o destino queria, não mudar seria a melhor opção, então me veja morrer lentamente ao seu lado e limpe minhas feridas.
\m/
Mais avulso que o próprio tempo, sigo sem fazer o que você me disse, só por incapacidade, olho meus pés e sinto dor, eles não existem mais. Que diabos eu estou fazendo aqui? Me diga, mas não da boca pra fora, que você realmente não me quer, que nada pode ser mudado e que eu não sou nada pra você, me odeie se quiser, mas eu serei sempre seu, inteiramente seu.
\m/
Maldita hora em que eu fui abrir minha maldita boca, ridículo e inescrupuloso, só podia ser eu. Rastejando sem escolha alguma, notei que ela já não me nota mais, nem sabe que estou ao seu lado, nunca percebeu, sempre invisível. Tem nojo de mim, algum mal espreita minha alma, sei o quanto isso machuca, por isso evito deixá-la pra trás. Serei sempre dela, com ela, pra ela, respirando ela, vivendo ela, pra ela, com ela, dela. O vazio me dominou de novo e dessa vez não tenho escapatória, fui eu quem me matou.