sábado, 21 de agosto de 2010

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EU fui o culpado. EU sangrei na hora em que não deveria ter sangrado. EU falei na hora em que não deveria ter falado. EU corri atrás na hora em que deveria ter ficado parado. EU morri na hora em que deveria estar vivo e vivi na hora em que deveria estar morto. EU bebi meu próprio sangue quando deveria ter bebido o seu. EU criei a paranóia que deveria ser sua. EU abri os braços na hora em que eles deveriam estar fechados. EU errei e VOCÊ errou ainda mais.
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Aquela hora na qual eu me senti seguro ao seu lado, foi apenas um pretexto pra não fazer uso do que sou eu. Você se aproveitou pois sabia sobre mim o que eu não esperava nem queria que soubesse. O vento disse que seria diferente, mas não foi e nunca será.
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Chore e rasteje, ridícula falta de juízo perto de mim, o erro fatal, o pior modo de se bater a cabeça na parede e só depois perceber que havia uma parede ali. Eu te disse que, juntos, poríamos chegar longe, sendo um, sendo eu e você, sendo o vento. Eu disse, e repeti milhões de vezes, só você não escutou. Triste tragédia em sua fraca mente.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

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Meu ridículo pesadelo volta à tona, sofrendo mais que eu pois está mais fraco que da última vez. Te vi sumindo, fugindo de mim, de novo, não sei até quando vou aguentar ficar sem te ver, sem sentir teu abraço apertado e teu coração batendo. Ouvi a lua gritar por mim e pensei que fosse você, maldita hora para se deixar levar pelos assombros mortos, o que eles me dizem é: "Acredite nela...".
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Deveria ser mais fácil agir em situações desgraçadas pra minha mente, por exemplo, sem que eu me perdesse em ódio e botasse tudo à perder, ou nada, tanto faz. Volte e me diga ao menos adeus. Eu queria que fosse diferente, que eu pudesse me controlar, eu acredito nisso quase tanto quanto acredito que você existe, mas nem toda essa crença me faz ter o direito de ser normal.
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Você me fez livre, agora posso usar dessa liberdade para te fazer feliz, só você não sabe. A noite foi embora e o assombro continua à minha sombra, ele diz agora que você me ama, mas que isso não é ele quem diz mas quem sabe. O fato é que o terror lúcido de te perder ainda não coube na minha cabeça, um fardo para o resto da vida, que vida. Lutarei por você em qualquer guerra, em qualquer momento, é só dizer que me ama e o resto deixa que eu faço, sem questionar.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

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É bem mais fácil dizer o que se sente quando já não resta dúvida de que, seja como for o final do enredo, a pancada será brusca e não existe força que supere o impacto. Eu tentei, eu me esforcei para não demonstrar fraqueza à sua frente, mas fracassei e caí no precipício que é o meu ego. Me mataria por você se fosse preciso, o problema é que você, provavelmente e não certamente, nunca vai saber disso.
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Ainda mais longe alcancei assim que sonhei com você mais uma vez, um centésimo renascimento ou, em palavras mais realistas, mais um passo em falso. A única estrela que guardei pra você perdeu o brilho à muito tempo e meu rosto sangra como alguém que foi atacado por leões. Você quase me fez conseguir chorar.
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Uma vez que eu me perca em teu sorriso já é o suficiente para que meu mundo se transforme em nosso mundo, me deixe te levar num último voo por sobre os verdes campos do lado claro dos meus sonhos, o lado em que você aparece. Eu faço parte de você mesmo sem querer e isso ninguém nunca vai mudar.